Symphony X #EuFui - Admirável Inconstância

Symphony X #EuFui

Publicado em 02/08/2022


Na última quarta-feira, dia 27 de julho, tive a experiência de assistir o show do Symphony X pela primeira vez. Então, pensei em falar aqui sobre o que acho da banda e claro, do concerto em si. Dar minhas impressões sobre o setlist, o local onde ocorreu o show e muito mais. Colocarei fotos do show entre os tópicos.

Como conheci o Symphony X 


Há uns 10 anos ou mais, um belo dia eu estava no YouTube quando uma thumb e um título chamaram a minha atenção. Embaixo estava escrito Symphony X – Paradise Lost e a imagem era do cd homônimo. Daí resolvi ouvir e minha vida mudou. Eu já conhecia a banda pelo menos de nome há um bom tempo, mas como sempre acontece, eu só decidi ouvir alguns anos depois. 


Enfim, após ouvir Paradise Lost eu fui atrás da discografia, então decidi ouvir os sucessores, o Iconoclast e o Underworld, e então me apaixonei pelas canções do grupo americano, de vez. Principalmente, esse último, eu fiquei extasiada. Tanto que foi um dos álbuns que mais ouvi na época que lançou – pena que não tinha o Spotify Wrapped na época. 


Seguindo, neste ano de 2022, a banda faz 25 anos de história. Quando eu e o meu namorado soubemos que eles incluíram o Rio de Janeiro na tour, a gente TINHA que ir. Até porque eu que apresentei ao Bruno, a banda. Portanto, dois fãs do Symphony X tinham que ir ao show. E foi o que aconteceu. Agora, fique com as minhas impressões.


Sacadura 154 e o atraso.

O show dessa vez não foi no Circo Voador, como foi no caso do Black Label Society. Dessa vez foi em um local novo: o Sacadura 154. Localizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro, de acordo com alguns sites, o local tem capacidade para 2 mil pessoas. É legal porque é mais uma opção de casa de shows. 


E sendo bem honesta, é uma ótima alternativa. Ao contrário do Circo, lá é um local fechado e tem um ar condicionado potente. Tão potente que eu e o Bruno quase morremos de frio, é sério. 


Mas também tem semelhanças, e no lado positivo, com uma das casas mais tradicionais do Rio por ser um local que independente de onde você esteja, você conseguirá assistir aos artistas tranquilamente. E isso, pra mim, que tenho apenas 1,65 é uma dádiva. 


Aliás, chegamos por volta de 18h30, acreditando que os portões já estavam abertos. Mas devido a problemas com a bagagem do Symphony X que envolveu até extravio, só pudemos entrar por volta das 20h30, 21h. Tanto que nos stories da empresa ainda estavam fazendo a passagem de som. 


Nas postagens os horários combinados eram: 

  • Abertura dos portões: 18h;
  • Rod Rossi (banda de abertura): 19h45;
  • Symphony X: 21h.

Como ficou na nova configuração:

  • Abertura dos portões: 20h30 – 21h;
  • Rod Rossi: 21h05 – 21h15;
  • Symphony X: 22h.

Agora vamos aos dois shows. 


Confira também: Black Label Society #EuFui


A Odisseia da Décima Sinfonia: o show e o setlist

A OnStage Agência foi a responsável por trazer a banda para cá. Com isso, também trouxe uma banda de abertura: o cantor Rod Rossi. Geralmente, quando assistimos os grupos que abrem para o show principal, admito que não presto muita atenção. Todavia, aqui foi diferente. Pois, dessa vez tiveram duas presenças ilustres: da maior banda de power metal brasileira, o Angra, o guitarrista Marcelo Barbosa e o baixista Felipe Andreoli participaram do show. 

A banda de abertura Rod Rossi. Participação do Marcelo Barbosa e Felipe Andreoli, do Angra

E foi fantástico. O vocalista Rod Rossi também canta muito bem. Por fim, foi um concerto agradável demais de assistir. No entanto, ainda assim por ser banda de abertura, a ansiedade ficava maior para assistir o Symphony X. 


Começamos a ver os roadies/técnicos de som fazendo os testes finais com os instrumentos, e ansiedade ficava maior a cada segundo. Até o momento em que as luzes apagaram completamente e o show estava prestes a começar. 


Bom, o show começou já de forma explosiva. Após a intro que mesclava os primeiros acordes de Evolution (The Grand Design) e Overture. Do álbum mais recente, Underworld, Nevermore foi a primeira faixa tocada do show, e foi impossível não se emocionar e pular que nem pipoca. Eu estava assistindo os caras na minha frente. 


Em seguida, teve Evolution (The Grand Design) uma das mais clássicas da banda. E um fator que me chamou demais a atenção é como a voz do Russell Allen, o vocal da banda, ela é intacta. Parecia que eu estava ouvindo o álbum em casa com o acréscimo do som ao vivo, de tão lapidada que a voz dele é. Logo após, veio a Serpent’s Kiss, do primeiro álbum que ouvi do Symphony X, o Paradise Lost e foi mágico. 

Russell Allen, Mike LePond, Michael Pinnella e Michael Romeo

Outra clássica entrou no setlist, a Sea of Lies, mas essa eu confesso que era a que menos sabia a letra, na verdade, só decorei o refrão. Após um breve papo entre essas duas músicas, para mim, veio o momento mais emocionante da noite.


Duas baladas: Without You e When All is Lost. Na primeira, eu não consegui conter as lágrimas (na verdade, estou quase chorando de relembrar o momento), porque ali estava caindo a ficha. A banda que eu ouvia no final da minha adolescência, eu finalmente tive a chance de assistir. Eu, literalmente, vivo na mesma existência que esses caras. Essa banda que me fez amar metal progressivo!!! Então, enquanto cantava a música, as lágrimas surgiram e eu não quis parar. Foi um momento especial. 


Agora quanto a segunda canção, ela me faz lembrar da faculdade. Eu geralmente mostro as músicas que gosto para as pessoas que considero a amizade verdadeira. No segundo semestre, eu conheci o Bruno Martins, que vem a ser meu melhor amigo até hoje. 


Mostrei a banda pra ele, e ele pirou na When All is Lost. Na época, não dei tanta bola pra música. Mas teve um dia, durante o intervalo das aulas, que eu e ele sentamos no chão, eu dividi o fone de ouvido com ele e simplesmente escutamos a música. Ele, infelizmente, não pode ir ao show. Porém, quando a canção estava em suas primeiras estrofes, eu dediquei a ele. Ou seja, outro momento emocionante. 


Seguindo, após as duas baladas, o show teve apenas mais quatro músicas: Kiss of Fire, Run With The Devil, Set the World on Fire e The Odyssey. Nesse último bloco, pude perceber como o Russell Allen é um puta frontman. Ele empolgava a plateia, performava as músicas de maneira hipnotizante até. Definitivamente um dos melhores frontmen do heavy metal.


A The Odyssey foi a última canção. E ela tem cerca de VINTE E QUATRO minutos, definitivamente, uma odisseia (trocadilho, foi mal). Mas que lá parecia ter apenas dez minutos. Foi um belo encerramento, de verdade. A música ganhou ainda mais o ar épico ao ser tocada ao vivo. 


E resumindo, porque o texto está gigante, foi um show catártico. Que eu iria de novo sem dúvidas e espero que eles venham para cá novamente, com álbum novo. Sendo honesta, nunca imaginaria que nos meus melhores sonhos estaria junto com o amor da minha vida, assistindo a um show de uma das minhas bandas favoritas. Ao contrário do show do Black Label Society, nesse aqui, eu não tinha uma música de destaque. Eu esperava definitivamente por todas. 


Nota rápida sobre o setlist


Por último, para encerrar sobre o texto e esta experiência que foi o show do Symphony X, eu devo falar sobre o setlist. Foi uma boa escolha de músicas? Foi. Mas, ao mesmo tempo, foi preguiçoso. Entendo que após dois anos de pandemia e outras questões, eles preferiram praticamente repetir o setlist de 2019. 


Porém, como disse, este ano a banda faz 25 anos. Logo, eu meio esperava que o setlist fosse formado por, pelo menos, duas músicas de cada um dos nove álbuns. 


Enfim, eu gostei das músicas escolhidas? Sim, mas teria feito diferente. Enfim, e este foi o meu longo relato sobre o show. Ficou gigante, mas eu quis passar toda a minha emoção durante o texto. Se leu até aqui, obrigada. 


6 comentários:

  1. Sensacional ter esse contato da sua experiência. Foi um belo show! Eu imagino a sua emoção na hora e durante todo o espetáculo. Pq estava lá também rsrs. Você conseguiu passar a emoção no seu texto, parabéns!

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  2. Muito legal você compartilhar por aqui a sua experiência! Gostei muito de saber como foi o show. Eu não vou a shows porque tenho problemas com lugares lotados, mas gostei da postagem :) Super completa!

    https://www.biigthais.com/

    Beijoos ;*

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    1. É, o Sacadura 154 é um local bacana, pois tem camarote. Mas eu entendo essa parada com lugares lotados, se tiver uma banda que tu gosta, pode valer a pena pagar um pouco mais pra obter uma ótima experiência.

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  3. melhor sensação da vida poder ver nossas bandas favoritas ao vivo ♥ fico feliz por vc!!!

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