Pode ouvir sem medo: Retrospectiva musical. - Admirável Inconstância

Pode ouvir sem medo: Retrospectiva musical.

Publicado em 31/12/2017

Antes de iniciar o post propriamente dito, quero desejar a todos vocês um excelente 2018! Que tenha muita paz, felicidade, amor, prosperidade e claro, muita música! Mesmo que as coisas possam parecer mais contra do que a nosso favor, sejam perseverantes! ♥
Sem muitas delongas e desculpas, chego ao último post de 2017. Música é algo que rege a minha vida. Eu ouço as minhas bandas favoritas seja em casa, seja no ônibus. E mesmo que aqui eu não tenha postado muita coisa de música, eu tento me redimir nesta retrospectiva. Poderia colocar álbuns apenas lançados em 2017? Sim, mas alguns do ano passado também me marcaram e com certeza ainda irei ouvi-los em 2018.
Eu poderia fazer uma retrospectiva de fatos qufe aconteceram neste ano? Sim, mas achei clichê. Por isso decidi fazer sobre algo que marca a minha vida. Descobri ótimas bandas, mas também pude revisitar alguns grupos que aquecem o meu coração. A música é tão importante para mim que me ajudou até em outras áreas da vida.
Por último, não dividi esta retrospectiva em meses, até porque passei alguns meses ouvindo praticamente o mesmo cd rsrs. Então, vamos lá!



O álbum mais dissecado, mais inusitado e mais ouvido este ano. E sim, estou falando de Pentakill. Para quem não sabe, esta banda virtual é um projeto da Riot Games, companhia que desenvolve o famoso League of Legends ou LoL. Eu disse inusitado, mais acima, porque eu não jogo LoL. Porém ao saber, em um grupo do Facebook, que um dos meus músicos favoritos, Jorn Lande, participa do álbum. Bem, o meu interesse cresceu. E para mim, é um dos álbuns do ano! Ótimas orquestrações, o vocal de Jorn é incrível – e destaco também Noora Lohimo – além de um som pesado, muito bem calcado no progressivo (apesar de um leve flerte com o eletrônico). Pentakill tornou-se a minha banda virtual favorita e até hoje ouço o Grasp do início ao fim.

Faixas-destaque: Cull, Mortal Reminder e Frozen Heart.


Agora sim, chegamos ao primeiro álbum que ouvi neste ano! O Ayreon na verdade é um projeto do holandês Arjen Anthony Lucassen e a maior parte da temática dos álbuns sempre se trata de ficção científica. E ele sempre convida alguns cantores, instrumentistas, como Floor Jansen (Nightwish, ex-After Forever, ex-Revamp), Bruce Dickinson (Iron Maiden), James LaBrie (Dream Theater) e muitos outros. O Ayreon entregou um cd de metal progressivo impecável! Um dos pontos positivos foi a escolha de Arjen em utilizar as guitarras como o principal componente para as canções ao invés dos sintetizadores.
Eu o ouvi por meses a fio, dissecando cada música e principalmente a história. Em resumo, o conceito do álbum é o início de toda a mitologia que Arjen criou. O presidente do planeta Alpha (pertencente a Galáxia Andrômeda) confiou a vida da população à Inteligência Artificial (aqui chamada de The Frame) e houve uma revolução das máquinas, onde elas desligaram todo o suporte de vida. E nisso, cria-se um cenário de pânico e caos. A solução mais viável é sair do planeta, porém milhares de vidas são sacrificadas. E apenas 11 alphans vão em busca de um novo lar.
Eu recomendo demais depois de ouvir The Source, ouvir o álbum “01011001”. Respectivamente ouça March of the Machines e Age of Shadows/We Are Forever

Faixas-destaque: Everybody Dies, Deathcry of a Race, Into the Ocean.


Eu falei de Jorn no Pentakill, mas ele ganha destaque novamente e com um álbum solo. Enquanto em vários projetos (Masterplan, Avantasia, por exemplo) o norueguês se aventura em vários estilos, quando se fala em sua carreira solo percebe-se um forte apelo para o hard rock. O Life é um álbum que poderia se encaixar fácil nos meados da década de 80: as músicas mais enérgicas estão lá, as baladas também. Entretanto diferente da chamada “década perdida”, não há espaço para o amor – mesmo contendo uma canção chamada “Love is the remedy”.
Outro fato interessante é que nos álbuns solo que podemos perceber as influências de Whitesnake e Ronnie James Dio, principalmente. Este último, o Jorn fez um álbum tributo em 2010, que vale muito a pena.
Confesso que estava há um tempo sem ouvi-lo (vocês saberão a razão rsrs), mas ainda acho um puta cd, principalmente sendo algo autoral. Jorn é alguém que sempre aparecerá aqui no blog, seja por algum projeto ou por álbuns solos.

Faixas-destaque: Dreamwalker, Fire to the Sun, Blackbirds.


Um álbum de 2016, mas que fez bastante parte este ano. Na verdade, sobre o Epica eu tenho um gosto bastante variado. O THP foi um dos álbuns mais ouvidos? Sim, mas divide espaço com o excelente The Quantum Enigma e o ep The Solace System. Mas resolvi destacar o THP por ser mais recente e por ter um conceito interessante. Em poucas palavras trata-se de realidades virtuais. Onde a humanidade talvez já não saiba separar o que é ou não é a realidade, de fato. Como cita Mark Jansen, guitarrista da banda,



'"The Holographic Principle" lida com o futuro próximo em que a realidade virtual descolou e permite que as pessoas criem seus próprios mundos virtuais que não podem ser separados 'da realidade como a conhecemos'.
Isso levanta a questão de saber se a nossa realidade atual é uma espécie de realidade virtual em si, um holograma. Isto implica a existência de uma realidade superior que atualmente não temos acesso.” (Fonte.)
Além da parte mais nerd, o álbum é consistente. Os holandeses não ousam muito, mas conseguem manter a fórmula Epica de fazer música: orquestrações e vocais guturais que se dividem com vocais líricos são as duas características essenciais. Não que isso seja ruim, eu particularmente gosto bastante. Algo que posso destacar mais ainda é o lyric vídeo de Universal Death Squad que mostra a banda em um momento mais “gravação no estúdio” e o excelente vídeo de “A Phantasmic Parade” que mostra um pouco dos shows. Este último tipo de clipe, me agrada bastante, independente da banda.

Faixas-Destaque: Universal Death Squad, Divide and Conquer e Once Upon a Nightmare.


Um supergrupo agora! O cabeça desta banda é ninguém mais, ninguém menos que Mike Portnoy (ex-Dream Theater e muitos outros supergrupos e bandas). O Sons of Apollo é formado por Jeff Scott Soto (SOTO, Talisman, Yngwie Malmsteen), Ron “Bumblefoot” Thal (ex-Guns N’ Roses), Billy Sheehan (Talas, David Lee Roth, The Winery Dogs, The Fell), Derek Sherinian (ex-Dream Theater, Black Country Communion), além de Portnoy.
E para um primeiro cd, os caras mandaram bem. Recheado de metal progressivo, mas com faixas relativamente curtas (as mais longas contêm 11:12, 9:23, 10:39), pode ser considerado pelos amantes do estilo como algo mais “genérico”, mas acredito que nunca houve a pretensão de inovar no estilo. Para mim tornou-se um cd marcante, com Bumblefoot e Sherinian sendo os principais destaques.

Faixas-Destaque: Coming Home, Lost in Oblivion, Alive e Opus Maximus.


E chegamos na última banda desta retrospectiva. E uma banda brasileira! De Porto Alegre, a banda é formada por Tiago Massetti, Marcelo Pereira e Bruno Giordano.
Conheci o Daydream XI em meados de 2015, acredito que através do site Cifras. Eles já haviam lançado o single The Guts of Hell e eu simplesmente me encantei, principalmente sendo uma banda brasileira, de certa forma, nova - existe desde 2008.
E nestes últimos meses de 2017 surgiu o interesse de ouvir a banda novamente, cheguei a ouvir o The Grand Disguise, que é um ótimo cd, mas me surpreendi ao ver que havia lançado um novo álbum. E nisso eu ouvi o The Circus of the Tattered and Torn. E que álbum! Com o conceito de “que somos mais atraídos por nossas fraquezas do que por nossas virtudes”, toda essa metáfora é representada através da relação Mestre do Circo, Phillip e seu aprendiz, Circe.
O Daydream XI decidiu neste álbum abraçar com força, o metal progressivo. Confesso que em algumas passagens me fez lembrar Symphony X. E eu ouço o álbum do início ao fim, até hoje. E muito provavelmente o farei em 2018. É bacana perceber como o metal brazuca também tem seu valor!

Faixas-Destaque: Painted Smile, Collector of Souls e The Circus of the Tattered and Torn.

Por fim, novamente eu desejo a todos um ótimo 2018 a todos. Que muitas músicas embalem a vida de vocês! Até a próxima!

Beijo,
Thanix 

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