MindHunter. - Admirável Inconstância

MindHunter.

Publicado em 29/11/2017


Antes que me entendam mal, eu tenho uma espécie de hipnose com seriais killers: já tive momentos onde eu “googlava” sobre os mais famosos, como Ted Bundy, por exemplo. Não sinto admiração alguma por eles, muito pelo contrário, a minha empatia que geralmente é gigante, vai literalmente a zero quando se trata dos assassinos em série. Confesso que Hannibal é um dos meus vilões favoritos, mas porque trata-se de ficção pura e simplesmente – mesmo que possa ter uma inspiração do mundo real.

No mês em que Charles Manson finalmente deixou este mundo, eu me peguei interessada em Mindhunter, série original da Netflix. Criada por Joe Penhall e com a produção de Charlize Theron, a exibição é ambientada no final dos anos 70, época em que os mais famosos seriais killers surgiram na mídia, assustando a sociedade americana. Porém nesta época, esse termo tão utilizado simplesmente não existia. Na verdade, esses crimes eram conhecidos como “crimes violentos”. E só.

A polícia e o FBI, principalmente, apenas tinham interesse em prendê-los e não saber o porquê de um comportamento tão selvagem e animalesco, mas ao mesmo tempo, friamente calculado. E acima de tudo, como prevenir estes crimes brutais. Mas há dois agentes do FBI chamados Holden Ford e Bill Tench (interpretados por Jonathan Gross e Hold McCallany, respectivamente) que mesmo com a relutância de seu chefe, vão em busca de entender os motivos por trás destes crimes. Para isso eles vão utilizar das ciências da Psicologia, Psiquiatria e Sociologia.

Mindhunter foi uma das séries que mais me prendeu este ano. Apesar de ter zero empatia, o tema “serial killer” atrai muito o meu interesse, o que pode ser até contraditório.  Talvez seja pela surrealidade das coisas. Eu sei que o ser humano não é necessariamente bom, mas a questão de manipular sentimentos, de planejamento, da frieza é algo que me deixa bastante encabulada.

Confesso que eu fui um pouco no “trem do hype” antes de começar a assistir. Mas ele foi preenchido com sucesso. Até matou um pouco a minha saudade de Hannibal, de certa forma. Não há um momento em que a série decai, na minha humilde opinião.

Na verdade, a todo o tempo é criada uma tensão que me prendeu de tal forma que eu quase maratonei. Grande parte do sucesso disso são as citações de crimes reais feitos por serial killers como Ed Kemper, Jerome “Jerry” Brudos e Richard Speck. Estes três, em destaque, são representados de forma excepcional. Principalmente o Kemper interpretado pelo Cameron Britton. Aqui tem um vídeo comparando uma entrevista do real Ed Kemper e o da série.

Um fato curioso e que não tem muito a ver com a série, mas decido contar aqui porque é relevante para mim. Foi a primeira série em que eu vi legendada e com o áudio em inglês. Para quem não sabe, eu voltei a fazer curso para poder pegar o diploma de nível avançado, após 4 anos. Foi uma conquista pessoal entender tudo o que os personagens falavam. Bem, ponto positivo para mim.


Eu já espero ansiosamente por uma segunda temporada, o mais rápido possível. A série terminou em um clímax que com certeza dará “muito pano para manga” para o próximo episódio. Recomendo muito a série para quem curte o tema e séries policiais investigativas! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário



@INSTAGRAM