O aniversário quádruplo de 7 e suas reflexões.

No dia 22 de dezembro de 2020, completei meu 28º aniversário. Um múltiplo de 7, considerado o número perfeito na numerologia. Este é um post de autorreflexão, feito por mim para a Thamyris do futuro. Prováveis conselhos, eu diria. Acho crível transformar em uma postagem para o blog, para sempre lembrar quando as coisas ficarem nebulosas demais. Bom, antes disso um pequeno histórico.

Os 27 anos não foram fáceis, mas também não foram difíceis. A quarentena, obviamente, bagunçou a cabeça de todo mundo e claro que não seria imune. 2020 foi um ano divisor de águas e extremamente agridoce. As conquistas foram boas, mas não houve aquele gosto de vitória plena. Foi um ano estranho, definitivamente. Envolveu luta com a ansiedade e outros sentimentos que estou aprendendo a lidar. Como a autocobrança excessiva e a baixa autoestima. Provavelmente ainda são fatores que devo levar para a vida toda. Mas aos poucos estou aprendendo a lidar, no meu próprio tempo, como deve ser.

Se tem uma coisa que aprendo diariamente é a me olhar de forma mais gentil. Se houve todos estes fatores negativos, também há os positivos. Entrei em um emprego em que aprendi uma carga absurda sobre design gráfico, edição de vídeos, fotografia e outras áreas que nunca imaginei que iria aprender. Estou em um caminho para aprender a me valorizar: enquanto mulher e enquanto uma profissional de Comunicação. 2020 pode ter sido um ano agridoce, como citei acima, mas devo agradecer a muita coisa que aconteceu. E algumas delas irei elencá-las aqui. 

• Eu participei de uma live.

Em um convite completamente inesperado, participei da minha primeira live até então. Para quem não sabe, eu sou designer e fiz a logo da Metaleiras Negras. Hoje, com a visão que tenho, modificaria algumas coisas, mas ainda acho uma logo legal (risos). Enfim, a Juliana que é a dona da página me convidou e eu fiquei em um misto de nervoso e apreensão. Mas sabe aqueles momentos em que é necessário dar um salto de fé? Esse foi um destes momentos. E valeu muito a pena. A live transcorreu muito bem, apesar de todo o nervosismo. Fiquei muito orgulhosa de mim mesma neste dia. Você pode conferir a live, na íntegra, clicando aqui. 

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• Concluí o curso de inglês e a pós-graduação.

No ano passado eu resolvi iniciar minha pós-graduação em Comunicação Empresarial por motivos de sempre querer aprender mais. E há 4 anos eu faço curso de inglês na Wizard no nível intermediário/avançado. Com sorte, muito estresse, alguns choros, mas a sensação de vitória acima disso tudo é inenarrável. Para ter meu diploma da pós ainda preciso passar em uma matéria, entretanto ser aprovada no TCC que literalmente foi uma luta, é algo difícil de descrever. Devo agradecer demais a minha psicóloga que me auxiliou demais, principalmente na parte de autocobrança. 

• Fiz uma tatuagem que sempre sonhei.

O ano era 2013. Eu com quase 21 anos, pela primeira vez ia ao Rock in Rio ver uma banda que havia tornado-se a minha favorita: Iron Maiden. Ao assistir a apresentação de Seventh Son of a Seventh Son, um Eddie chamou a minha atenção: O Scriba/Clairvoyant. Após muitas pesquisas, 7 anos depois consegui fazê-la. Fiz na coxa e se eu pudesse colocar em uma nota de 0 a 10, sobre o nível de dor, daria nota 7,5. Próximo a virilha a dor é bem excruciante. Este ano foi o ano de decorar a perna, além do Eddie, fiz a tatuagem de Ravenclaw (Corvinal), a minha casa em Hogwarts na panturrilha e uma peônia na lateral da coxa. 

• Começar o pole dance.

Nesta quarentena eu sabia que deveria iniciar um exercício físico. Atividade física colabora para a baixa da ansiedade, este mal que me assola desde nova, além de ajudar na produção de endorfina. Por diversas vezes, em vários anos, eu tentava ir à academia, mas sempre enjoava e abandonava. Até que por intermédio da minha amiga Raíza ouvi falar do pole dance. Após muito adiar, em outubro eu iniciei a atividade e estou apaixonada desde então. Apesar da dificuldade dos movimentos, é muito gratificante quando consigo fazê-lo. É um dos maiores motores pra subir minha autoestima atualmente.

Ver essas coisas que fiz este ano e ainda farei, é bom para ver o lado positivo das coisas. Novamente, 2020 não foi e nem é um ano fácil. Tive minhas batalhas e algumas derrotas, sim. Porém isso faz parte da vida. Como disse quero ser mais gentil comigo mesma, quero poder realizar meus sonhos, tentar não afundar em um mar de pessimismo, mas ainda assim, ser realista o bastante pra saber até onde meu pé alcança. Então é uma luta diária com a autossabotagem, autocobrança, ansiedade e pessimismo fora do comum e o que 2020 me provou é que consigo lutar contra tudo isso e vencer.

Até a próxima,

Thamys