Para você que acabou de conhecer o blog, a categoria Análise
Literária é o meu ponto de vista sobre livros que eu li. Não é exatamente uma
crítica! E ah, pode conter spoilers no texto, mas calma que eu os destaco com
uma cor mais clara. Bem, boa leitura!
Na semana pré-Bienal, eu me propus um desafio (e um
pouco de vergonha na cara também): ler os três livros que comprei na Bienal de
2015. Por sorte, consegui ler todos a tempo. Eles são: Black Sabbath – A
Biografia, AC/DC: A Biografia e o Manual do Império. O do AC/DC eu li há um bom
tempo (um mês depois da Bienal) e pretendo trazer uma análise para o blog
também. Mas vamos ao Black Sabbath!
Confesso logo no início desta análise, que não sou a maior
fã da banda. Tenho um profundo respeito pela banda e pelo legado que criou. Sei
o nome dos integrantes da formação clássica e de dois vocalistas que ficaram
por mais tempo: Ronnie James Dio e Tony Martin. Por fim conheço as músicas mais
famosas, como “Iron Man”, por exemplo. Então a maior parte das informações que
o livro me passou foram inéditas.
Para quem não sabe Mick Wall, que é o autor da biografia, já
escreveu outros livros sobre outros gigantes do rock como o Iron Maiden, Led
Zeppelin e também sobre o AC/DC. Ele é o meu biógrafo favorito, então já foi um
caminho mais fácil para ler sobre o Sabbath: a quantidade de informações que
ele reúne são muito preciosas. São 360 páginas de puro deleite para quem deseja
conhecer mais a fundo, o Sabbath. E a forma como ele escreve é incrível, pois
consegue te transportar para a época em que se passou os fatos. Além disso, ele
foi assessor, relações públicas da banda, então demonstra o profundo
conhecimento que ele tem.
Britânicos do distrito de Aston em Birmighan, os integrantes
da formação clássica, ou seja, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill
Ward foram os “sobreviventes” de uma história onde o destino sempre quis
colocar um ponto final contra as suas vontades. Principalmente as do Iommi.
Eles eram os estranhos, os azarados. Se eles dependessem da mídia... Bem, a
banda não sobreviveria com todo o ambiente hostil criado em torno deles.
Algo que me impressionou foi o grande rodízio de pessoas que
passaram pela banda, ao todo foram 21 pessoas! Teve um momento em que apenas o
Tony Iommi foi o membro original. Para ter noção até Ian Gillan e Glenn Hughes
do Deep Purple passaram pelo Black Sabbath. Outro fato que chamou a minha
atenção, foi como o Ozzy passa a ser o Ozzy que todos conhecemos (sim, o cara
que comeu morcego), a partir do momento que ele está na carreira solo. Não que
ele no Sabbath fosse um “ninguém”, mas a imagem mítica vem a partir dessa fase.
Seria uma falha muito grande se o autor não desse destaque a isto. Por bem ou
por mal, isso faz parte do que o Black Sabbath se tornaria após alguns
acontecimentos.
Se eu posso eleger a parte favorita do livro, com toda
certeza é a era Dio. Pode não ser a era favorita de 10 em 10 fãs da banda, mas
ela tem uma importância vital. Sucessos como “Neon Knights”, “The Mob Rules”
nasceram com o Sabbath, um fato que eu não sabia. – Na verdade, isso se deve de
eu conhecer superficialmente a própria carreira do Dio. – Mas o vocalista foi o
responsável para dar um norte a uma banda que estava muito perdida, após
demitir Ozzy Osbourne e com dois discos que não foram muito bem aceitos pelos
fãs. Tem um trecho que posto aqui, que foca nessa parte.
"A porra de um anão. (...) Não podem ter a porra de um anão à frente do Black Sabbath. Todos vão rir de vocês!" [...] O anão em questão era, na verdade, um dos vocalistas mais representativos do rock no final dos anos 1970. Alguém baixo em altura, mas alto na estatura, com uma voz que parece um leão rugindo e um impulso e ambição - e talentoso na composição - que iria conseguir o que parecia totalmente impossível naquele longo, quente e confuso (principalmente pela cocaína) verão de 1979, realmente recuperar o Black Sabbath, torná-lo maior e melhor do que antes. Seu nome era Ronnie James Dio e ele representava um futuro. Gostassem ou não Tony, Geezer e Bill..."
O Dio para o Sabbath e vice-versa foi tão importante que
anos depois, Iommi decidiu formar o Heaven and Hell. Sucesso de crítica e
público, infelizmente o projeto durou apenas quatro anos (2006 -2010), devido
ao falecimento de Dio.
O Black Sabbath teve as famosas polêmicas como o “ocultismo
inserido nas letras”, o vício em drogas e muitos outros obstáculos. Contudo, a
banda conseguiu deixar o seu nome na História. Após ler todo o caminho que eles
percorreram, eu sinto admiração pela banda que conseguiu sobreviver por 49
anos.
P***@!! O.O
ResponderExcluirFiquei surpresa com os "49 anos" de carreira, não sabia que a banda havia sobrevivido tanto tempo assim. Bom, eu conheço um pouco do Black Sabbath quando o Ozzy Osbourne era o vocalista da banda. Então ler um pouco da história me deixou surpresa. Não cheguei a pensar que a banda foi um "fracasso", até porque pelo sucesso que fazem não era de se esperar. Mas, muitas bandas alegam que passam por maus bocados antes de se tornarem ícones do Rock'N Roll. Eu até tenho vontade de ler algumas biografias de bandas para ver se me aproximo mais delas... Só não sei se me daria bem com o gênero, mas está ai um novo tipo de leitura que quero começar a praticar.
Até mais! O/
Karolini Barbara
womenrocker.blogspot.com
Eu também fiquei surpresa a medida que eu lia. Tipo, o Sabbath de hoje principalmente sobreviveu e MUITO por causa dos frutos dos anos 70. Não que os "fracassos" tenham sido ruins, particularmente curto a fase Tony Martin mais do que a fase Ozzy, por exemplo, pela questão vocal. *corre*
ExcluirCara, se for ler alguma biografia, te indico as do Mick Wall, irei repostar uma resenha antiga da biografia do Iron. Gosto muito do estilo de escrita dele, me prende demais e recomendo muito! Obrigada pelo comentário. Beijos.
Que livro bonito, minha gente! Infelizmente não conheço muito da banda pra falar qualquer coisa, mas adorei o design do livro.
ResponderExcluirCaraca, não fazia ideia que a banda já foi um rodízio desses e menos ainda que tinha QUARENTA E FUCKING NOVE ANOS, é MUITA coisa!
De fato, eu não sabia nem que Black Sabbath teve outros vocalistas além do Ozzy, UAHUAHA. Gente, que desastre que eu sou!
Beijinhos.
https://marysucix.blogspot.com.br/
Sim, o livro é lindo. Eu também não fazia muita ideia sobre a banda, mas passei a respeitá-la mais depois que li a biografia. Mas calma, girl, você não é um desastre rs. Beijo.
ExcluirEu não sabia da existência desse livro, agora quero comprar!
ResponderExcluirMick Wall é foda, eu tenho a biografia do Led e do Metallica escritas por ele. Também tenho a biografia do Ozzy, mas essa foi ele quem escreveu UAHUAHUhUAHAUHAUAUHA E sim, eu amo a fase do Dio apesar de concordar com o Ozzy que podia ser outra banda, pq nossa, mudou afu a vibe do Sabbath, ficou bem... Dio. UAHAUHAUHAUH
Beijão, adorei o post!
www.vultuspersefone.blogspot.com
Mulher! Compra!!! Eu tenho a do Metallica também e do Iron. Quero a do Led e do Guns. Acho a forma de contar história do Mick, muito envolvente... tanto que meu interesse pelo Sabbath cresceu um pouco haha. Sinceramente, a fase Dio é favorita seguida do Martin e por último o Ozzy *corre*. Mas é isso aí haha. Obrigada pelo elogio! Beijão.
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