Olá pessoal, tudo bem? Então este texto que postarei agora ele é do meu antigo blog, o meu (não!) incrível mundo, e é datado de 2012. Às vezes republicarei alguns posts antigos seja por identificação, seja por ainda gostar do tema. Entretanto não farei como no blog anterior, onde programava determinado post e sumia! Dessa vez será mais aleatório, esporádico! Enfim, espero que curtam! Não sou escritora, mas às vezes o lado criativo faz morada e já sabem né... Para isso criei a categoria/tag "Doses Textuais" que terão algumas histórias criadas por mim. Enjoy!
Vou lhes contar a história de Margarida e João. É uma
história clichê então, não se assuste ou surpreenda-se. Ele era um simples
publicitário e ela uma jornalista. Se conheceram na faculdade,
no longe ano de 1985, tempo de Diretas Já! Ambos já terminavam e
estavam entusiasmadíssimos para começar a trabalhar, afinal tinham um momento
histórico para falar, dissertar, publicar e promover.
João, ou carinhosamente apelidado de Johnny pelos colegas,
olhava às vezes para Margarida, mas a menina era tão distraída que só tinha
olhares para manchetes e pesquisas sobre a quase extinta ditadura. Isso
frustrava muito o menino, oras e o distraía também. Muitas vezes era chamado a
atenção nas aulas por pensar na menina de tez morena e olhos mel que se
destacavam. Os seus amigos o zoavam, o chamando de Sr. Margarido e até de Pato
Donald, onde já se viu?
Já Margarida, era completamente diferente. Só pensava em
querer trabalhar e ir à televisão pra fazer o orgulho de sua mãe, Hortência.
Quase sempre suas amigas a cutucavam e falavam de um tal menino de pele branca
e olhos castanhos-esverdeados que a olhava como se fosse o mais belo dos oásis.
Margarida, ou melhor dizendo Marge, que virou a "Mamãe Simpson" por um dia ter pintado o cabelo de azul e
chocado a todos, sempre dizia que era besteira delas. que nenhum garoto a
olharia e outros blá-blás que as colegas logo cortavam-lhe dizendo que era
melhor olhar para os lados e se surpreenderia!
O tempo passou... passou... passou... a formatura estava
perto, as novas eram que as turmas eram feitas de publicitários e jornalistas,
prontos para mudar o mundo e promover ideias! E algo inédito aconteceu: as duas
"filhas" de Comunicação Social resolveram fazer um baile à la Estados
Unidos, com Rei e Rainha do Baile e os balangandãs vistos sempre em
muitos filmes da época. Margarida não queria ir. João muito menos quando soube
por "tititis" que Marge não iria. Mas algo aconteceu! O Destino,
resolveu dar a sua intrometida na história.
Marge havia contado a sua mãe sobre o baile com um eventual
desânimo e a jovem senhora disse:
- E por que você não iria, filha?
- Mãe, eu tenho que me focar em conseguir emprego e ir para
a televisão. Não me preocupar com bailes.
Hortência olhou para a filha com tristeza, não queria que
ela perdesse algo tão incrível. E além disso, seus sentidos de mãe lhe diziam
que algo surpreendente aconteceria. Aos poucos, conseguiu convencer a filha de
ir ao bendito baile. O tempo passou... passou... passou... e o dia da festa
chegou. O tema? Grandes ícones da História. Uma urna para que todos votassem no
Rei e Rainha do Baile encontrava-se na entrada do local!
O grupinho de Marge combinou de se fantasiar de Marilyn
Monroe. Por coincidência Johnny e seus amigos se fantasiaram de Joe DiMaggio.
(Mas podem ficar tranquilos que não haverá separações ou algo do tipo!) Quando
o rapaz viu a moça tão deslumbrante parecia que seu coração iria parar de tanta
felicidade. Inclusive foi um custo os amigos o convencerem a ir para a
festa!
E a festa passou com alegria. Os formandos constantemente
tiravam fotos, riam, davam uma bebericadinha aqui e ali. Até que a grande hora
chegou. Quem seriam os reis daquele lugar? Muito suspense cercava. Os
ganhadores foram anunciados! Surpresa geral! Lhe dou um doce se adivinhar...
Margarida e João subiram ao palco sendo ovacionados e ambos
ficaram surpresos. Se podia ver que eles eram o casal perfeito. Depois das
entregas das coroas, eles fizeram a primeira dança ao som de Duran Duran, banda
preferida de Marge. Não havia dito que o Destino iria dar uma intrometida na
história? Aquela primeira dança foi o estopim de tudo.
Marge nunca havia notado de quão Johnny era lindo: a
mandíbula em traço forte, o sorriso que (estranhamente) lhe trazia paz, os
olhos verdes-jade que pareciam ver o fundo de sua alma. O olhar de um menino.
Estava assustada de como em todo o tempo, nunca havia notado.
Johnny estava, se fosse mais possível, apaixonado por aquela
moça tímida e determinada. Seu coração inchava mais e mais de amor e adoração
por aquela pequena e sentiu que era o momento certo de se declarar!
- Sabe Margarida, eu sempre fui apaixonado por você. Acho
que desde o primeiro dia ou segundo quando eu bati meus olhos em você, eu
soube... Eu acho que o Destino reserva algo muito bom para nós...
Marge sempre tão reservada fez algo que nunca iria imaginar
e ainda iria condenar, talvez, quem o fizesse. Tascou um beijo curto, mas que
chamou a atenção e os aplausos de todos que estavam ali. Johnny aprofundou o
beijo e procurou transmitir todo o amor que sentia por aquela garota. Até que
ouviram um "arranjem uma cama"!
Envergonhados, saíram do centro da
pista de dança. Sentaram-se e trocaram mais beijos, procurando se conhecer
mais. Marge viu que se completava em Johnny e Johnny viu que se completava em
Marge. Um começo de uma história de amor, clichê, mas muito bonita começava
ali.
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